Simon Schwartzman

Simon Schwartzman (1939- ), nasceu no dia 03 de julho de 1939, em Belo Horizonte (MG). Graduado em Sociologia Política e Administração Pública pela Universidade Federal de Minas Gerais - UFMG (1958-1961), com mestrado em Sociologia pela Facultad Latinoamericana de Ciencias Sociales - FLACSO, em Santiago do Chile (1963), e doutorado em Ciências Políticas pela University of California, em Berkeley (USA - 1973). Trabalhou como professor e pesquisador no Instituto Universitário de Pesquisas do Rio de Janeiro - IUPERJ (1970-1986), na Financiadora de Estudos e Projetos - FINEP (1976-1980), Universidade Federal de Minas Gerais - UFMG (1961-1964), e Universidade de São Paulo - USP (1989-1998). Destacou-se ainda como professor e pesquisador visitante no Woodrow Wilson International Center for Scholars (1978), nos Estados Unidos, na École des Hautes Études en Sciences Sociales (1982-1983), em Paris, França, entre outras instituições no exterior. Na Fundação Getúlio Vargas, coordenou estudos sobre a política brasileira de ciência e tecnologia, por solicitação do Ministério de Ciência e Tecnologia e do Banco Mundial (1993-1994), e em 2006-2007, sobre universidade e desenvolvimento na América Latina, com apoio da Fundação Ford. Presidiu o IBGE no período de 05 de abril de 1994 a 31 de dezembro de 1998. Durante sua gestão, o Instituto passou a integrar a rede mundial de computadores, a Internet, substituindo o antigo ambiente de computadores de grande porte por modernos microcomputadores ligados à rede e com sistema de correio eletrônico. Simon Schwartzman promoveu o I Encontro Nacional de Produtores e Usuários de Informações Sociais, Econômicas e Territoriais, que deu lugar à realização da IV Conferência Nacional de Estatística – CONFEST e III Conferência Nacional de Geografia e Cartografia – CONFEGE, e à comemoração dos 60 anos de criação da Instituição. É membro do Conselho Técnico do IBGE. Na data da entrevista, 15 de agosto de 2011, atuava como pesquisador e presidente do Conselho de Administração do Instituto de Estudos do Trabalho e Sociedade – IETS, no Rio de Janeiro.

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Ficha técnica

Nome: Simon Schwartzman

Área de Atividade: administração pública; ciências sociais

Depoimento realizado no contexto do Projeto de História Oral. Integra o Sistema de Preservação e Disseminação da Memória Institucional e tem por objetivo reconstituir o processo de formação e evolução do IBGE.

Data: 15/08/2011

Local da gravação: IBGE/CDDI, Rio de Janeiro (RJ)

Duração: 86 min

Dados biográficos

Nome completo: Simon Schwartzman

Nascimento: Belo Horizonte - 03/07/1939

Data de entrada no IBGE: 1994

Data de saída ou aposentadoria: 1998 (saída)

Formação ou cargo: Sociologia, Ciência Política e Administração Pública

Principais atividades: Presidência do IBGE, Membro do Conselho técnico do IBGE, professor

Assuntos

  • gestão pública;
  • Plano Real;
  • Estatísticas do Cadastro Central de Empresas;
  • mudanças de metodologia;
  • base cartográfica dos censos;
  • Acordo de Cooperação Técnica IBGE-Statistics Canada;
  • capacitação profissional;
  • Escola Nacional de Ciências Estatísticas (ENCE);
  • política institucional;
  • geociências;
  • governo Fernando Henrique Cardoso (1995-2003);
  • governo Luiz Inácio Lula da Silva (2003-2011);
  • greve;
  • inovações tecnológicas;
  • disseminação de informações

Sumário

  • primeiro contato com o IBGE na gestão Edmar Bacha;
  • mestrado no Chile e retorno ao Brasil em 1964 para assumir o cargo de professor de ciência política na Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG);
  • o golpe de 1964, a ida para a Noruega e Argentina como professor visitante;
  • doutorado na Universidade da Califórnia;
  • volta ao Brasil no início de 1969, a mudança de Belo Horizonte para o Rio de Janeiro por perseguições políticas e o trabalho na Escola Brasileira de Administração Pública (EBAP) da Fundação Getúlio Vargas, e no Instituto Universitário de Pesquisa do Rio de Janeiro (IUPERJ);
  • a experiência no mestrado da Faculdade Latinoamericana de Ciencias Sociais (FLACSO) com pesquisa quantitativa em ciências sociais;
  • o veto político para trabalhar no IBGE, em 1970, na área dos indicadores sociais;
  • o acordo da Fundação Getúlio Vargas e a ida para a área de ciência e tecnologia da Financiadora de Estudos e Projetos (FINEP);
  • coordenação do Programa de História da Ciência Brasileira, um programa de história oral que entrevistou 70 cientistas e que resultou no livro "A formação da comunidade científica no Brasil";
  • ciência e tecnologia e as questões ideológicas;
  • o interesse da FINEP em manter contato e trazer de volta cientistas que se encontravam fora do país;
  • resultados apresentados pela comissão de avaliação da ENCE na gestão Edmar Bacha;
  • o convite de Bacha para presidir o IBGE e a articulação dos índices de preços ao Plano Real;
  • acordo de cooperação técnica com o Statistics Canada;
  • mudança de metodologia de pesquisa dos censos econômicos;
  • falta de autonomia institucional do IBGE;
  • esvaziamento do quadro de servidores de alto nível;
  • proposta de restruturação dos quadros;
  • a resistência da transformação do IBGE numa organização de direito privado com controle governamental;
  • relação com o sindicato (ASSIBGE);
  • reconhecimento do IBGE como uma instituição que produz resultados;
  • mudança da base computacional;
  • problemas na área de geociências;
  • as questões do IBGE como coordenador do Sistema Cartográfico Nacional;
  • os trabalhos sobre meio ambiente;
  • base cartográfica dos censos;
  • mudança do Complexo Mangueira para a Av. Chile;
  • o papel de Nuno Bittencourt como diretor executivo;
  • recursos para o setor público no Governo Lula;
  • o IBGE como provedor de informações para a sociedade;
  • tentativas de unificar as estatísticas de emprego;
  • balanço da gestão Simon Schwartzman.