Eduardo Augusto Guimarães

Presidente do IBGE: 1990-1992

Filho de Augusto Guimarães Filho e de Maria José de Almeida Guimarães, nasceu no Rio de Janeiro, no dia 9 de janeiro de 1946. Estudou no Grupo Escolar Joaquim Távora e no Liceu Nilo Peçanha, em Niterói, onde morou durante muito tempo.

Graduado em Engenharia civil pela Escola de Engenharia da Universidade Federal Fluminense (1964-1967), e em Economia pela Faculdade de Economia e Administração da mesma Universidade (1965-1966), obteve título de pós-graduado em Análise Econômica pelo Centro de Treinamento e Pesquisa para o Desenvolvimento Econômico, do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (1968-1969); mestre em Ciências de Engenharia da Produção pela Coordenação dos Programas de Pós-Graduação em Engenharia, da Universidade Federal do Rio de Janeiro (1973-1975); e doutor em Economia pela University College London (1975-1980).

Eduardo Augusto teve significativa atuação na área acadêmica como professor associado no Departamento de Economia da Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (1969-1971); professor colaborador, assistente e adjunto no Departamento de Economia da Faculdade de Economia e Administração da Universidade Federal Fluminense (1969-1980); diretor no Instituto de Economia Industrial da Universidade Federal do Rio de Janeiro (1982-1985); e professor titular do Instituto de Economia da Universidade Federal do Rio de Janeiro (1993-1998).

Além da área acadêmica, atuou no Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (1969 - 1974 e 1980 - 1982); na Financiadora de Estudos e Projetos (1975 - 1991). No IBGE, foi diretor de Economia (1985 - 1986) e, após a Reforma Administrativa, diretor de Pesquisas (1986-1987) e diretor-geral (1987-1988).

Presidente do IBGE no período de 18 de abril de 1990 a 26 de março de 1992, teve uma atuação marcante na área das estatísticas econômicas do Instituto. Em sua gestão, foi criado o Cadastro de Empresas, e houve um redimensionamento das pesquisas por amostragem. Contudo, teve que cumprir algumas das decisões polêmicas do Governo Collor de Mello, tal como o enxugamento do quadro de pessoal, através de aposentadorias e demissões voluntárias, o que causou desgaste à sua administração. Apesar de intensa luta para a realização do Censo demográfico na data-base prevista, o IBGE só conseguiu realizar a operação censitária, em 1991, interrompendo, com isso, a periodicidade histórica da pesquisa.

Após afastar-se da presidência do IBGE, Eduardo Augusto Guimarães exerceu os cargos de Secretário do Tesouro Nacional (1996-1999), Presidente do Banco do Estado de São Paulo S. A. – BANESPA (1999-2000) e Presidente do Banco do Brasil (2001-2003), entre outros.

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