Edson de Oliveira Nunes

Presidente do IBGE: 1986-1988

Filho de Waldir Nunes da Silva e de Maria Augusta de Oliveira Nunes, nasceu na cidade de Bom Jesus de Itabapoana (RJ), no dia 13 de novembro de 1947.

Bacharel em Ciências Sociais (1968-1971) e em Direito (1967–1973) pela Universidade Federal Fluminense, Edson Nunes obteve os títulos de Mestre em Ciência Política e Sociologia pelo Instituto Universitário de Pesquisas do Rio de Janeiro (1977), e Ph.D. em Ciência Política pela University of California (1984).

Na área acadêmica, atuou como professor titular, assistente e conferencista na Escola Nacional de Administração Pública (1988-1999), no Departamento de Sociologia da Universidade da Califórnia (1981), entre outros. Na Universidade Cândido Mendes, atuou em diversas funções, desde 1988.

Destacou-se também como chefe da Delegação Brasileira à Reunião Anual da Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe – CEPAL, em 1985; membro do Conselho de Administração do BNDES e da DATAPREV, no período 1986-1988; secretário-geral adjunto do Ministério do Planejamento, período de 1985-1986; e vice-presidente executivo do Instituto de Planejamento Econômico e Social – IPEA, no período 1985-1994.

Presidente do IBGE no período de 28 de novembro de 1986 a 13 de abril de 1988, Edson Nunes recebeu a missão de "despolitizar" a Casa, valorizando o seu caráter técnico-científico. Em sua administração, a área de documentação e disseminação, implantada na gestão anterior, ganhou novo impulso. Reforçou a ideia, cultivada em administrações anteriores, de que o IBGE era um dos maiores órgãos produtores de estatística, e que, portanto, suas pesquisas deveriam ganhar agilidade suficiente, a fim de disponibilizar, cada vez mais, as informações solicitadas pelos principais usuários da sociedade brasileira e mesmo de âmbito internacional.

Edson Nunes tentou implantar a Reforma Administrativa anteriormente proposta por Edmar Bacha. Em sua gestão, também, deu início aos preparativos para a Conferência Nacional de Estatística, que há muito tempo não era realizada. Contudo, esbarrou em graves problemas, como as greves constantes que se registravam no Instituto. Tais episódios, sem dúvida, foram determinantes para a demissão do presidente do IBGE. Sua saída, inclusive, culminou com uma ação do governo federal, que nomeou o economista Celsius Lodder como Interventor pelo período de 13 de abril de 1988 a 03 de maio de 1988, até a vinda de um novo presidente para o Instituto.

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