Cimar Azeredo Pereira

Cimar Azeredo Pereira (1961- ), nasceu no dia 14 de dezembro de 1961, em Santo Antônio de Pádua, Rio de Janeiro. O ingresso no IBGE como recenseador no Censo demográfico 1980 e a experiência do trabalho de campo em toda sua trajetória profissional. Graduado em Estatística, exerce, exercia, na data da entrevista, o cargo de Coordenador de Trabalho e Rendimento na Diretoria de Pesquisas – DPE. Foi Gerente de Integração da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios – PNAD com a Pesquisa Mensal de Emprego – PME, etapa fundamental de construção da PNAD Contínua e do Sistema Integrado de Pesquisas Domiciliares. Teve o privilégio de conhecer todo o trabalho de desenvolvimento de uma pesquisa, de metodologia de pesquisa, e também de disseminar as informações, sendo o porta-voz da PME na coletiva de imprensa durante 13 anos. Destaca o evento em Bruxelas, em 2012, onde o Brasil foi o país selecionado para ser um piloto na construção de uma metodologia para o monitoramento do Trabalho Decente, projeto financiado pela União Europeia e coordenado pelo IBGE, com apoio da Organização Internacional do Trabalho – OIT. Em 2020 passou a atuar como Secretário-Executivo da Comissão de Planejamento e Organização geral dos censos do IBGE. Em 2021 assumiu o cargo de Diretor de Pesquisas.

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Ficha técnica

Nome: Cimar Azeredo Pereira

Área de Atividade: Trabalho e Rendimento

Depoimento realizado no contexto do Projeto de História Oral. Integra o Sistema de Preservação e Disseminação da Memória Institucional e tem por objetivo reconstituir o processo de formação e evolução do IBGE.

Data: 23/07/2015

Local da gravação: Auditório Teixeira de Freitas – IBGE/ CDDI – Rio de Janeiro (RJ)

Duração: 180 minutos

Dados biográficos

Nome completo: Cimar Azeredo Pereira

Nascimento: Santo Antônio de Pádua (RJ) - 14/12/1961

Data de entrada no IBGE: 1980

Data de saída ou aposentadoria: em atividade na data da entrevista

Formação ou cargo: Estatística

Principais atividades: Gerente da PME, Gerente de Integração da PNAD com a PME e Coordenador de Trabalho e Rendimento da COREN - Diretoria de Pesquisas.

Assuntos

  • pesquisa de campo;
  • Pesquisa Mensal de Emprego - PME;
  • trabalho decente;
  • Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios - PNAD;
  • amostragem; Sistema Integrado de Pesquisas Domiciliares - SIPD;
  • Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua - PNAD Contínua;
  • Pesquisa de Orçamentos Familiares - POF;
  • Pesquisa Nacional de Saúde - PNS

Sumário

  • o ingresso no IBGE como recenseador no Censo demográfico 1980 e a frase de um juiz “não corra com o trabalho porque o que você está fazendo vai mexer com a vida das pessoas”, como legado para a vida toda;
  • a experiência com o censo agropecuário;
  • a vinda para o Rio de Janeiro e a oportunidade de trabalhar no IBGE;
  • a importância do trabalho de campo na sua formação como técnico;
  • a capacidade do agente de pesquisa em lidar com o informante e mostrar a importância da pesquisa;
  • a satisfação com os resultados do seu trabalho e o aprendizado contínuo no IBGE;
  • a disseminação da Pesquisa Mensal de Emprego - PME para a mídia;
  • o privilégio de lidar com quem constrói e com quem usa os dados;
  • as inovações tecnológicas;
  • a emoção pelo respeito as pessoas com quem trabalhou e que foram responsáveis pela sua construção e sua profissão no IBGE;
  • o evento em Bruxelas, em 2012, e o Brasil como país selecionado para ser um piloto na construção de uma metodologia para o monitoramento do Trabalho Decente (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios - PNAD, PME, Censo demográfico), projeto financiado pela União Europeia e coordenado pelo IBGE, com apoio da Organização Internacional do Trabalho – OIT;
  • a atuação no Censo demográfico 2000, em Manaus, e o conhecimento da estrutura de campo; o trabalho com as Unidades Estaduais;
  • a experiência de trabalhar no Departamento de Pesquisas Especiais – DEPSO, atual Coordenação de Trabalho e Rendimento – COREN, com José Lozana e o conhecimento da metodologia de amostragem;
  • o grupo criador da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios:
  • José de Azevedo Lozana, Vandeli dos Santos Guerra, Carlos Marcos Barbosa, Rossini Martins entre outros, especialistas em amostragem no IBGE;
  • pessoas que passaram pela sua vida profissional e que contribuíram para sua formação e crescimento no IBGE;
  • Márcia Quintsrl como coordenadora da COREN e a criação do Sistema Integrado de Pesquisas Domiciliares – SIPD, sistema do qual faz parte a PNAD Contínua e que vai unir a PNAD à PME;
  • o “conflito” de gerações e a falta de preparo inicial para receber os novos servidores;
  • greves e as informações não coletadas;
  • a divulgação da PNAD em 2013, ano de eleições para presidente, e o erro devido a um processo não adequadamente estruturado, explorado pela mídia num momento de fragilidade do IBGE;
  • o aprendizado com o erro da PNAD e os protocolos criados para saber sair dos erros;
  • o curso no Instituto de Estatística do Canadá (Statistics Canada) e a oportunidade de ver como este instituto lida com erros;
  • o depoimento na Polícia Federal sobre o erro da PNAD;
  • o total apoio da direção nesse momento;
  • a decepção com a imprensa;
  • o comportamento da ASSIBGE questionando o posicionamento da direção;
  • a criação das comissões para investigar o erro na PNAD como forma correta de provar que o IBGE não cometeu o erro intencionalmente;
  • o uso do erro pela mídia para atacar o governo;
  • as coletivas de imprensa e a PME;
  • a excelência da Coordenação de Comunicação Social;
  • o Sistema Integrado de Pesquisas Domiciliares – SIPD: a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua – PNAD Contínua, a Pesquisa de Orçamentos Familiares – POF e a Pesquisa Nacional de Saúde – PNS;
  • a amostra mestra das pesquisas domiciliares;
  • o início das pesquisas domiciliares por amostragem em 1967;
  • a revisão metodológica da PNAD em 1992;
  • a implementação da PME em 1981 e a revisão em 2001/2002;
  • os estudos feitos com a mulher, emprego doméstico, trabalho por conta própria a partir da PME;
  • treinamento das equipes de campo e capacitação por meio dos recursos tecnológicos (webcaster);
  • o trabalho de codificação da PME e a descentralização, em 1985, da sede para as Unidades Estaduais (automatização do trabalho de campo);
  • o Brasil como o único país a levar até o final o projeto piloto do Trabalho Decente;
  • o notório saber dos agentes de pesquisa para lidar com o informante;
  • a PNS em convênio com o Ministério da Saúde e a Fiocruz;
  • a PME como a primeira pesquisa da América Latina a ter coleta eletrônica, em 2001;
  • o que ainda está por fazer em avanços tecnológicos para melhorar o desempenho da PNAD Contínua;
  • a importância de todos os servidores para o reconhecimento do IBGE.