David Wu Tai

David Wu Tai (1949-2020), economista, mestre em economia pela Fundação Getúlio Vargas, ingressou no IBGE em 1978 como coordenador do Projeto Contas Consolidadas do Setor Público. Coordenou, também, o Censo demográfico 1980 no Estado de São Paulo, sendo posteriormente chefe da Divisão de Coleta e da Unidade Estadual de São Paulo. Convidado para ocupar a diretoria geral do IBGE na presidência de Charles Müller (1988-1990), instalou-se no Rio de Janeiro, onde exerceu a chefia da Unidade Estadual e a Coordenação Operacional dos Censos (COC). Assumiu a coordenação geral do Centro de Documentação e Disseminação de Informações (CDDI), em 1995. Sua gestão foi marcada por introduzir no IBGE inovações tecnológicas em informática adequadas aos produtos oferecidos à sociedade em todos os seus segmentos. Promoveu a integração dos dados geográficos e estatísticos, e contribuiu para a consolidação da presença do IBGE na era dos Sistemas de Informações Geográficas (SIG), ao disponibilizar, via internet, as bases cartográficas digitais, democratizando o acesso de pesquisadores, empresas e órgãos públicos ao acervo de mapas e publicações geográficas do instituto. Em 2019 foi nomeado Diretor de Informática e Presidente da Comissão Operacional do Censo Demográfico. Faleceu, no Rio de Janeiro, em 29 de abril de 2020.

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Ficha técnica

Nome: David Wu Tai

Área de Atividade: Rede de coleta; disseminação de informações

Depoimento realizado no contexto do Projeto de História Oral. Integra o Sistema de Preservação e Disseminação da Memória Institucional e tem por objetivo reconstituir o processo de formação e evolução do IBGE.

Data: 20/03/2003

Local da gravação: IBGE/ CDDI – Rio de Janeiro (RJ)

Duração: 110 min

Dados biográficos

Nome completo: David Wu Tai

Nascimento: Chunking (China) - 05/05/1949

Falecimento: Rio de Janeiro – 29/04/2020

Data de entrada no IBGE: 1978

Data de saída ou aposentadoria: Em atividade na data da entrevista

Formação ou cargo: Economista; mestre em economia (Fundação Getúlio Vargas -SP)

Principais atividades: Coordenador do Projeto Contas Consolidadas do Setor Público; Coordenador de Censos do Estado de São Paulo 1980; Chefe da Divisão de Coleta de São Paulo; Chefe da Unidade Estadual de São Paulo; Diretor Geral do IBGE; Chefe da Unidade Estadual do Rio de Janeiro; Coordenador de Censos; Coordenador Geral do Centro de Documentação e Disseminação de Informações (CDDI), Diretor de Informática e Presidente da Comissão Operacional do Censo Demográfico

Assuntos

  • rede de coleta;
  • gestão pública;
  • Censo demográfico 1980;
  • Contagem da população 1996;
  • Censo agropecuário 1996;
  • Censo demográfico 1991;
  • disseminação de informações;
  • inovações tecnológicas;
  • INTERNET

Sumário

  • O nascimento na China, o avô embaixador e a ida para o Chile;
  • a mudança para São Paulo aos 16 anos;
  • a incompatibilidade dos currículos do ensino fundamental e médio e a necessidade de submeter-se aos exames supletivos;
  • o ingresso na faculdade de economia;
  • o trabalho na Bayer do Brasil com pesquisa de mercado, a incoerência com suas convicções por ser uma multinacional e a saída para cursar o mestrado em economia na Fundação Getúlio Vargas (SP);
  • o processo de seleção para o cargo de analista especializado da unidade estadual do IBGE em São Paulo, a aprovação e o contrato para desenvolver atividades relacionadas às contas consolidadas do setor público;
  • o treinamento, no Rio de Janeiro, para o Censo demográfico 1980;
  • a designação para coordenador do Censo demográfico 1980 no Estado de São Paulo e o desafio de treinar 27 000 recenseadores;
  • a chefia da Divisão de Coleta em São Paulo;
  • o convite de Charles Müller para ocupar a Diretoria Geral;
  • o plano de cargos e salários para a Instituição;
  • a estrutura da rede de coleta proporcionando mobilidade para realizar qualquer tipo de trabalho;
  • a operação em 1996 para preparo da contagem da população e do censo agropecuário;
  • a seleção de pessoal para o Censo demográfico 1991, realizado simultaneamente em 5 507 municípios, o maior concurso público do mundo;
  • a capilaridade do IBGE que o torna diferente dos demais órgãos de pesquisa;
  • a presença das unidades de coleta e suas bibliotecas levando conhecimento aos estados mais distantes;
  • a quebra da série decenal dos censos demográficos em 1990;
  • a singularidade do Censo demográfico 1991: inicio e término com os funcionários em greve;
  • as estimativas de população e o Fundo de Participação dos Municípios;
  • a Contagem da população 1996 e a possibilidade de estimativas com maior precisão;
  • a recuperação dos trabalhos técnicos em atraso e o encerramento do milênio com a credibilidade em alta;
  • a eleição do IBGE como presidente da Comissão de Estatísticas das Américas;
  • os conceitos de área fim e área meio na Instituição;
  • o histórico da área de disseminação;
  • a criação do Centro de Documentação e Disseminação de Informações (CDDI);
  • Nelson de Castro Senra e a feição filosófica do CDDI;
  • o IBGE na INTERNET (1994) e o crescimento do número de usuários;
  • o prêmio IBEST e o IBGE sempre entre os melhores sites de governo;
  • a INTERNET e o acesso à informação de forma rápida, eficiente e, do ponto de vista da instituição, de baixo custo;
  • a INTERNET e a revolução na disseminação da informação para o usuário especializado: Banco Multidimensional de Estatísticas (BME), servidor de mapas (mapeamento digital para obter informações) e Sistema de Dados Agregados (SIDRA);
  • o atendimento a outros segmentos da sociedade: 7 a 12 (crianças), site teen (adolescentes), pioneiros do IBGE e cidades @;
  • o site do IBGE como um grande mosaico de informações, atendendo à sociedade e fazendo uso de tecnologias mais modernas em informática;
  • a visão do CDDI como área fim quando for capaz de captar as necessidades dos usuários e interferir nas áreas produtoras no que diz respeito às demandas da sociedade;
  • o histórico da gráfica do IBGE;
  • a criação da gráfica digital;
  • o projeto bibliotecas depositárias;
  • o convênio com o Ministério da Educação (MEC) e o projeto do Atlas Geográfico Escolar;
  • as alterações de conteúdo nas publicações da Diretoria de Pesquisas com o uso do CD-Rom;
  • a mudança da imagem do IBGE perante a sociedade;
  • o redimensionamento da estrutura funcional do CDDI;
  • a inclusão dos funcionários no novo processo tecnológico;
  • as áreas produtoras e a credibilidade do CDDI;
  • a Conferência de Estatística das Américas em Santiago, Chile;
  • as informações estatísticas e geocientíficas como um bem público;
  • as oportunidades proporcionadas pelo IBGE e o sentido de realização profissional.