Angelo José Pavan

Angelo José Pavan(1947- ), nasceu na cidade de Itajaí (SC), em 22 de julho de 1947. Graduado em Engenharia Cartográfica pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro - UERJ (1972), e pós-graduado em Ciências Geodésicas pela Universidade Federal do Paraná - UFPR (1973). Especializou-se em Análise Numérica pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais – INPE (1977), e fez o Curso de Extensão Universitária em Análise de Sistemas pela Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro – PUC-Rio, em 1984. Estagiou no IBGE no período de 1967 a 1971, ingressando, posteriormente, por meio de concurso no Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE). Retornou ao IBGE, em 1980, ocupando o cargo de Assistente da Superintendência da Geodésia (1980-1981), oportunidade em que participou ativamente do mapeamento da Região Amazônica. Como Superintendente de Geodésia (1982-1987), retomou as operações de triangulação, empenhando-se para a melhoria da segurança do trabalho nas campanhas geodésicas. Sua trajetória no IBGE, sempre foi marcada por significativas atuações, tais como chefe do Núcleo de Documentação e Informação (1987-1990), do Departamento de Documentação e Informação (1990-1993 e 1995-1997), como Superintendente do Centro de Documentação e Disseminação de Informações – CDDI (1994-1995), e Assessor da Presidência (1997-1999), entre outras atividades. Participou de diversos estudos, projetos, programas e comissões de normas técnicas, e de editoração dos importantes periódicos publicados na área geocientífica e de geografia. Além de ter sido o Coordenador Técnico e Científico do XIX Congresso Brasileiro de Cartografia, e do XIV Simpósio Internacional de Fotogrametria Arquitetônica e Arqueológica (Recife, 1999). Angelo Pavan aposentou-se pelo IBGE, em 2003, como Diretor-Adjunto da Diretoria de Geociências (DGC).

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Ficha técnica

Área de Atividade: Geodésia; cartografia; documentação; disseminação de informações

Depoimento realizado no contexto do Projeto de História Oral. Integra o Sistema de Preservação e Disseminação da Memória Institucional e tem por objetivo reconstituir o processo de formação e evolução do IBGE.

Data: 16/06/2003

Local da gravação:IBGE/ CDDI - Rio de Janeiro (RJ)

Duração: 110 min.

Dados biográficos

Nome completo: Angelo José Pavan

Nascimento: Itajaí (SC) - 22/07/1947

Data de entrada no IBGE: 1967 - estagiário; 1980

Data de saída ou aposentadoria: 1971; 2003

Formação ou cargo: Engenharia cartográfica - Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ)

Principais atividades: Diretor-adjunto da Diretoria de Geociências (DGC), Superintendente de Geodésia, Superintendente do Centro de Documentação e Disseminação de Informações (CDDI), Chefe do Núcleo de Documentação e Disseminação de Informações (NDI) da Diretoria de Geociências

Assuntos

  • geodésia;
  • cartografia;
  • triangulação;
  • segurança e medicina do trabalho;
  • disseminação de informações;
  • extinção do curso técnico da ENCE;
  • Sistema de Posicionamento Global (GPS);
  • Sistema de Informações Geográficas (GIS);
  • sistemas via satélite;
  • planejamento nacional

Sumário

  • O primeiro contato com o IBGE aos 10 anos de idade por intermédio de uma vizinha;
  • o início da vida profissional aos 14 anos como operário de uma fábrica de ar condicionado industrial, passando por várias atividades até chegar a projetista de aparelhos;
  • o vestibular e a opção pela engenharia cartográfica ao encontrar o professor Placidino Machado Fagundes, um dos grandes nomes da cartografia brasileira;
  • o curso de cartografia e o segundo grande contato com o IBGE como estagiário de 1967 a 1971;
  • o concurso para o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) e a transferência para São José dos Campos (SP) em 1972;
  • a pós-graduação em ciências geodésicas na Universidade Federal do Paraná (UFPR);
  • a saída do INPE em 1978 e a participação no mapeamento do Estado do Rio Grande do Norte;
  • a incumbência de fiscalizar e assessorar a área de cartografia e geodésia para o novo aeroporto de São Paulo;
  • o projeto do Ministério da Aeronáutica de refazer a diretoria de eletrônica e proteção de vôo;
  • o reencontro com o diretor de geodésia e cartografia do IBGE, Mauro Pereira de Mello, e o retorno como assistente na reestruturação da Superintendência de Geodésia;
  • o reforço da equipe de geodésia, principalmente com funcionários oriundos do Departamento de Agropecuária (DEAGRO);
  • o mapeamento da Região Amazônica e as técnicas utilizadas na sua execução;
  • os acidentes de trabalho;
  • a dinamização da cartografia;
  • o mapeamento do território nacional e a falta de continuidade do trabalho;
  • a logística para a realização dos mapeamentos;
  • a nomeação para superintendente de geodésia e a retomada das operações de triangulação;
  • as torres bilby;
  • a participação das famílias dos técnicos nas campanhas geodésicas;
  • a diversidade de profissionais; os projetos de inclusão de Brasília (DF) no Sistema Geodésico Brasileiro (SGB), e de determinação da divisa entre Acre, Amazonas e Rondônia;
  • a segurança do trabalho nas campanhas geodésicas;
  • a criação do Núcleo de Documentação e Informação (NDI), da Diretoria de Geociências (DGC), na reforma estrutural do presidente Edmar Bacha;
  • o convite para participar do NDI e o projeto de recuperação da documentação eletrônica;
  • a transferência para o Centro de Documentação e Disseminação de Informações (CDDI) e a ampliação do conhecimento sobre o IBGE;
  • o retorno ao NDI e, posteriormente, à Diretoria de Geociências como diretor-adjunto;
  • o quadro de funcionários do IBGE, a vontade de fazer o melhor trabalho e a consciência do seu papel no cenário nacional;
  • avaliação do Sistema de Vigilância da Amazônia (SIVAM);
  • a falta de mapeamentos sistemáticos e de planejamento centralizado sobre o Brasil;
  • o início da cartografia com os institutos militares;
  • Mário Augusto Teixeira de Freitas e sua visão da cartografia como elemento imprescindível aos levantamentos estatísticos;
  • a necessidade da geodésia na elaboração de mapas;
  • a estreita relação da cartografia do IBGE com os institutos militares;
  • a continuidade da formação (cursos de mestrado e doutorado) dos profissionais da cartografia;
  • a extinção do curso técnico da ENCE;
  • a cultura de interpretação e conhecimento de cunho geográfico;
  • os avanços tecnológicos da geodésia e cartografia em 1990;
  • a revolução causada pelo Sistema de Posicionamento Global (GPS);
  • a introdução do Sistema de Informações Geográficas (GIS);
  • o longo processo de adaptação dos técnicos na transformação digital;
  • o desconhecimento total do território nacional pelos governos;
  • a importância do IBGE como órgão que detém um acervo de conhecimento do território brasileiro do ponto de vista geográfico, demográfico, social e econômico;
  • a necessidade de informações gerais sobre o país.