José Joaquim de Sá Freire Alvim

Presidente do IBGE: 1961-1963

Filho de Alfredo Cesário de Faria Alvim e de Alice de Sá Freire Alvim, nasceu no Rio de Janeiro, então Distrito Federal, no dia 10 de março de 1909.

Estudou em escolas públicas municipais e, de 1921 a 1925, no Colégio Pedro II, no Rio de Janeiro. Em março de 1932 formou-se pela Faculdade de Direito do Rio de Janeiro, mas já trabalhava como funcionário da representação de Minas Gerais, na Capital Federal, função que exerceria até 1937.

Durante o Estado Novo (1937-1945) tornou-se, em 1938, assistente técnico do Ministério do Trabalho e, desse ano até 1945, oficial de gabinete; em seguida, foi subchefe do Gabinete Civil da Presidência da República. Durante o segundo governo do Presidente Getúlio Vargas (1951-1954), voltou a exercer a função de oficial do Gabinete Civil da Presidência da República. Sá Freire Alvim exerceu também a função de secretário-geral de administração da Prefeitura do Distrito Federal, ao tempo de Francisco Negrão de Lima (1956 a 1958). Nomeado Prefeito do Distrito Federal pelo Presidente Juscelino Kubistchek (1956-1961), assumiu o cargo em julho de 1958, em substituição ao prefeito Negrão de Lima. Em sua administração tiveram início importantes obras de saneamento nos subúrbios cariocas, bem como a demolição do Morro de Santo Antônio e as obras de construção do túnel Catumbi-Laranjeiras, da Avenida Perimetral e do Aterro do Flamengo. Deixou o cargo em abril de 1960, quando da transferência da capital para Brasília e da transformação da cidade do Rio de Janeiro em Estado da Guanabara.

Presidente do IBGE de 13 de novembro de 1961 a 1º de outubro de 1963, foi nomeado após a renúncia de Jânio Quadros e a posse de João Goulart na presidência da República. Em seu discurso de posse, entre outros pontos relevantes, fez justa homenagem àqueles que considerou “figuras tutelares da instituição”: José Carlos de Macedo Soares e Teixeira de Freitas, a quem inclusive chamou de “apóstolo da estatística no Brasil”. Sua administração à frente do IBGE caracterizou-se pela eficiência e pelo clima pacífico. Além de finalizar o Censo de 1960 e de resolver as pendências financeiras passadas, Sá Freire Alvim empreendeu uma fortíssima política de contenção de gastos com vistas ao equilíbrio das finanças da Casa. Reequipou e deu especial atenção às inspetorias regionais e agências municipais, como também ao Centro de Processamento de Dados.

Após deixar a presidência do IBGE, também exerceu outros cargos públicos, como o de Secretário de Educação do Estado da Guanabara, durante o governo Negrão de Lima (1965-1971).

Sá Freire Alvim faleceu no Rio de Janeiro, no dia 9 de julho de 1981.