Presidente do IBGE: 1952-1954
Filho de Florêncio Carlos de Abreu e Silva e de Gonçalina Simões de Abreu e Silva, nasceu no Rio de Janeiro, no dia 13 de janeiro de 1882. Ainda pequeno sua família transferiu-se para o Rio Grande do Sul, onde estudou o curso primário e o secundário, e parte da sua formação superior, na Faculdade de Direito de Porto Alegre. Bacharelou-se pela Faculdade Livre de Ciências Jurídicas e Sociais, do Rio de Janeiro, em dezembro de 1905.
Após diplomar-se, retornou ao Rio Grande do Sul onde edificou sua carreira de magistrado. No ano de 1904, foi nomeado Juiz Distrital de Taquara do Mundo Novo e Juiz de Comarca em São Borja. Atuou também em Rio Pardo (1913) e Santa Maria (1917). Desembargador do Supremo Tribunal do Estado, em 8 de agosto de 1924, foi procurador-geral nos períodos de 1924 a 1927 e de 1932 a 1934. Desempenhou ainda as funções de diretor do Arquivo Público do Estado do Rio Grande do Sul (1919-1920) e de chefe de polícia (1928-1932).
Sócio fundador do Instituto Histórico e Geográfico do Rio Grande do Sul, foi eleito presidente da primeira diretoria do Instituto (1920-1934).
Exerceu mandato de deputado federal constituinte em 1934.
Como jurista, participou, em 1943, do Congresso Jurídico Nacional e da Conferência dos Desembargadores. Colaborou, ainda nesse mesmo ano, na preparação do anteprojeto de reforma dos Códigos Comercial, de Contravenções Penais, e de Processo Penal.
Presidente do IBGE no período de 15 de setembro de 1952 a 21 de setembro de 1954, ao assumir a presidência, em um período delicado na vida da Instituição, procurou impor um ritmo e uma linha de trabalho realmente notáveis com o objetivo de assegurar a continuidade da tradicional eficiência do Instituto. Florêncio de Abreu conseguiu restabelecer o equilíbrio e a disciplina naturais aos trabalhos, tanto na área da Estatística quanto da Geografia.
Florêncio de Abreu e Silva faleceu em 20 de fevereiro de 1969, no Rio de Janeiro.