Giorgio Mortara: ampliando os horizontes da demografia brasileira

Em 2007, completaram-se 40 anos do falecimento do demógrafo Giorgio Mortara, ocorrido em 30 de março de 1967. Por coincidência, neste ano também se completavam 40 anos que o IBGE se tornou Fundação, em 13 de fevereiro. Simbolicamente, uma página da história do IBGE se fechava para outra abrir-se. O IBGE homenageou este grande mestre ao promover o Seminário Giorgio Mortara, em 2 de abril de 2007. Na ocasião foi lançado o 9º volume da Série Memória Institucional, chamado “Giorgio Mortara: ampliando os horizontes da demografia brasileira”.

Por quase 20 anos, o IBGE teve a honra de contar com os prestimosos serviços de um excepcional representante da demografia internacional. Os dois primeiros recenseamentos com a chancela do Instituto foram realizados com a colaboração de Giorgio Mortara, que chegou ao Brasil, em 1939, escapando de perseguições do regime fascista em sua Itália natal. Aqui trabalhou com afinco e dedicação até 1956, quando decidiu retornar ao seu país, para atender aos insistentes apelos no sentido de reassumir sua cátedra na Universidade de Roma. Contudo nunca cortou seus vínculos com o Brasil, onde, inclusive, permaneceram seus filhos.

Mortara deixou vasta bibliografia. Publicou livros, artigos – vários deles na Revista Brasileira de Estatística – estudos e trabalhos, em um volume de produção que causa espanto por sua quantidade e admiração por sua qualidade. Entre seus inúmeros textos, três foram extraídos: um autobiográfico, publicado no livro-homenagem que o IBGE mandou publicar por ocasião da celebração de seu centenário de nascimento, em 1985; outro, de seu livro Curso elementar de Estatística aplicada à Administração; e um terceiro, divulgado em dois números da Revista Brasileira de Estatística. Somados a estes, a publicação apresenta estudos de técnicos da Instituição e membros da comunidade acadêmica, todos recordando e ressaltando a importância de Giorgio Mortara.

Banner/Painel/Programa