Seminário Perfil dos Municípios Brasileiros

Em evento realizado em 16 de junho de 2008 no Auditório Mário Augusto Teixeira de Freitas (CDDI – Rua General Canabarro, 706 – Maracanã – Rio de Janeiro – RJ), o IBGE buscou recuperar uma temática importante na história do Instituto: o municipalismo. Associado ao seminário, foi lançado o 13º volume da Série Memória Institucional, intitulado O IBGE na história do municipalismo e sua atuação nos municípios: o pensamento de Teixeira de Freitas e de Rafael Xavier”. Tudo isso no contexto dos 60 anos da criação da Revista Brasileira dos Municípios, por Rafael Xavier, e que o IBGE editou de 1948 a 1968, em 84 números. Os textos da publicação foram extraídos de diversos números dessa Revista, o que bem fala ao seu valor, hoje como fonte de pesquisas históricas, como vem sendo feito no Programa de Pós-Graduação em Urbanismo (PROURB), da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ).

O IBGE, na sua origem, amparou-se nos municípios. Natural, já que era neles que estavam os registros de finalidade administrativa, então, a fonte-chave das informações elementares fundadoras das estatísticas (agregações), sem olvidar, claro, que eram, no todo ou em partes, as bases dos censos. Assim, as agências municipais de estatística teriam papel vital no IBGE, e por suas criações todos lutaram sem descanso, com realce às atuações de Teixeira de Freitas e de Macedo Soares. Nessa luta, contaram com a percepção esclarecida dos generais Góes Monteiro e Eurico Dutra, e por certo também de Getúlio Vargas.

Para além de oferecer os retratos estatísticos e cartográficos dos municípios, o IBGE os quis mudar também, fazendo-os melhores, mais atuantes, mais capazes de cumprirem seus destinos de célula mater da sociedade brasileira. E por isso lutou sem quartel, ao longo de muito tempo, engajando-se nos movimentos municipalistas (mais que isso, com frequência os promoveu), com realce à atuação de Teixeira de Freitas (1890-1956) e de Rafael Xavier (1894-1982), à frente, sucessivamente, da Secretaria-Geral do Instituto (1936-1948 e 1948-1951). E Rafael Xavier, depois, voltaria presidente (1961).

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