Nome: Alceo Magnanini
Área de Atividade: Geografia; Biogeografia
Depoimento realizado no contexto do Projeto de História Oral. Integra o Sistema de Preservação e Disseminação da Memória Institucional e tem por objetivo reconstituir o processo de formação e evolução do IBGE.
Data: 03/05/2011
Local da gravação: Auditório Teixeira de Freitas – IBGE/ CDDI – Rio de Janeiro (RJ)
Duração: 122 minutos
Dados biográficos do depoente
Nome completo: Alceo Magnanini
Nascimento: São Paulo (SP) – 26/10/1925
Data de entrada no IBGE: 1947
Data de saída ou aposentadoria: 1952 (exoneração a pedido)
Formação ou cargo: Engenheiro Agrônomo (UFRRJ)
Principais atividades: Biogeógrafo no Conselho Nacional de Geografia (CNG)/IBGE; um dos organizadores do Código Nacional Florestal de 1965. Em atividade no INEA, na data da entrevista.
Equipe
Levantamento de dados: Leandro Malavota; Aparecida Tereza Rodrigues Regueira
Elaboração do roteiro: Leandro Malavota
Entrevistadores: Leandro Malavota; Vera Abrantes; Luigi Bonafé
Gravação: José Luiz Felix da Costa e Gabriel de Souza Fernandes (vídeo); Luigi Bonafé (áudio)
Digitalização: Louise Veloso (estagiária)
Sumário: Vera Abrantes; Luigi Bonafé
Copidesque do sumário: Vera Abrantes; Luigi Bonafé
Indexação: Vera Abrantes; Luigi Bonafé
Assuntos:
- expedições geográficas;
- biogeografia;
- geografia regional;
- pensamento geográfico francês;
- Conselho Nacional de Geografia (CNG);
- geomorfologia;
- cartografia;
- geografia quantitativa;
- cursos de pós-graduação;
- divisão regional;
- meio ambiente;
- ecologia;
- Speridião Faissol;
- cursos para professores de geografia;
- memória institucional.
Sumário do depoimento:
- grupo de excursionistas "Os Falcões";
- liderança de Fernando Segadas Vianna na reunião de um grupo de biogeógrafos da Seção de Estudos Geográficos do Conselho Nacional de Geografia (CNG), em 1947;
- estudos de desenvolvimento regional realizados pelo IBGE como instrumentos de planejamento do governo federal;
- influência de Emanuel De Martonne e da geografia francesa na criação de um núcleo de biogeografia no Conselho Nacional de Geografia (CNG) e, consequentemente, no Brasil;
- diferenças entre a geografia humana, a geomorfologia, a cartografia e a biogeografia na estrutura do CNG;
- informatização da geografia com os modelos matemáticos (geografia quantitativa) e o esvaziamento da geografia humana, geomorfologia, biogeografia e a transferência dos estudos regionais feitos pelo IBGE para as universidades;
- o papel do trabalho de campo como fundamento dos estudos regionais e de biogeografia;
- diferenças conceituais entre biogeografia, botânica e zoologia;
- diferenças conceituais entre ecologia e biogeografia;
- influência do professor e geográfo canadense Pierre Danserau na formação de biogeógrafos do IBGE;
- a regionalização oficial do Brasil pelo IBGE e a "cisão" do grupo de biogeógrafos em 1952;
- participação nos estudos regionais do IBGE nas regiões Norte e Centro-Oeste, sob a chefia de José Veríssimo da Costa Pereira;
- a saída do IBGE de Segadas Vianna e seu grupo para formar um grupo de ecologia no Museu Nacional;
- os estudos para o Plano de Valorização Econômica da Amazônia realizados em conjunto com o IBGE (1951/1952);
- a transferência do grupo de ecologia do Museu Nacional (Alceo Magnanini, Walter Alberto Egler, Sebastião Luís de Oliveira) para o Jardim Botânico;
- atuação no Serviço Florestal;
- a campanha nacional para educação florestal no governo Juscelino Kubitschek;
- participação na Comissão de Elaboração do Código Florestal de 1965;
- o trabalho do INCRA nos estudos de uso da terra;
- a conservação da natureza no Brasil;
- a revisão do Código Florestal de 1965;
- convite de Speridião Faissol para retornar ao IBGE (década de 1970) e motivos da recusa;
- o esvaziamento do IBGE como órgão máximo de planejamento de Governo;
- o sucateamento do IBGE como uma "escola de geografia";
- os cursos de aperfeiçoamento para professores de geografia;
- incremento nos processos de destruição do meio ambiente;
- atuação como consultor do INEA;
- escolha equivocada do local para instalação do Complexo Petroquímico de Itaboraí (Comperj);
- a luta por décadas pela preservação do meio ambiente;
- a história oral como instrumento de registro da história de uma instituição.